Sacar La Voz (tradução)

Original


Ana Tijoux

Compositor: Ana Tijoux / Jorge Drexler

Respirar para sacar a voz
Decolar tão longe como uma águia veloz
Respirar um esplendor futuro
Faz mais sentido se o criamos nós dois
Liberar-se de todo o pudor
Tomar as rédeas
Não render-se ao opressor
Caminhar erguido, sem temor
Respirar e sacar a voz

Uuh, uuh, uuuh

Tenho os bolsos vazios
Os lábios partidos
A pele com escamas
Cada vez que olho para o vazio
As solas gastas
As mãos atadas
A porta de entrada sempre teve um cartaz
Que dizia que estava fechada
Um espinho cravado
Uma ferida infectada, emaranhada
Uma raiva amontoada
No todo e no nada
O passo desajeitado, pela borda, sem acorde
Cada vez que perco o norte
Tenho a perda do suporte
O tempo que crava
Me trava o punhal
Me mata, afiada a chama, sem calma
Que das mãos me escapa
Mas tenho meu canto florido
Sacar a voz
Não estou só
Estou comigo

Libertar-se de todo o pudor
Tomar as rédeas
Não render-se ao opressor
Caminhar erguido, sem temor
Respirar e sacar a voz

Uuh, uuh, uuuh

Tenho o amor negligenciado
Cansado, esgotado, aposentado
Ao piso caíram todos os fragmentos
Que estavam quebrados
O olhar encurvado
O punho cerrado
Não tenho nada, porém nada
Soma à essa lama
A mandíbula marcada
Palavra preparada
Cada letra afiada
Está na crista da onda
Sem pena nem glória
Escreverei esta história
A questão não cair
Levantar-se é a vitória
Vir de volta
Abrir a porta
Está resolvido
Estar alerta
Sacar a voz que estava morta
E fazer dela orquestra
Caminhar, seguro, livre, sem temor
Respirar e sacar a voz

Libertar-se de todo o pudor
Tomar as rédeas
Não render-se ao opressor
Caminhar erguido, sem temor
Respirar e sacar a voz

Uuh, uuh, uuuh

O tempo crava o punhal
Faça o que se faz
Demolição oportuna
Você não cobra o que o tempo paga
Arruína saga após saga
Raspa com sua amarga espátula
Órfão se faz de bússolas
E lucidamente em zelo
Branca a arma, branco o pelo
Sua branca cara de crápula
Esta, disse um espinela
A que violeta cantava
A da sílaba oitava do arremessador
Velha escola
E o que dói, que doa
Se tem que doer
A chama sem calma, que arder tenha
Que siga ardendo
Que siga fosforecendo
Se tem que fosforecer

Em um corda
A pendurar o par
Que o vento balança
Que poucas vezes merece
Cada dor
Solta a voz, cada tosse
Pensando em sacar a voz

Uuh, uuh, uuuh

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