Compositor: Ana Tijoux
Eu posso ser sua irmã, sua filha
Tamara, Pâmela ou Valentina
Eu posso ser sua grande amiga
Até mesmo a sua parceira de vida
Eu posso ser sua grande aliada
A que aconselha e a que dá conta
Eu posso ser qualquer uma
Tudo depende de como você me apelida
Mas eu não vou ser a que obedece
Porque o meu corpo me pertence
Eu decido o meu tempo
Como eu quero e onde eu quero
Independente, eu nasci
Independente, eu decidi
Eu não ando atrás de você
Eu ando ao seu lado
Você não vai me humilhar
Você não vai gritar comigo
Você não vai me submeter
Você não vai me bater
Você não vai me difamar
Você não vai me obrigar
Você não vai me silenciar
Você não vai me calar
Não sou submissa nem obediente
Mulher forte, insurgente
Independente e corajosa
Quebrando as correntes da indiferença
Não sou passiva nem oprimida
Mulher bonita que dá vida
Emancipada em autonomia
Antipatriarcal e alegria
Para liberar
Para liberar
Para liberar, ah-ah
Solte, solte, solte
Eu posso ser chefe de família
Empregada ou intelectual
Eu posso ser a protagonista da nossa história
E a que agita
As pessoas, a comunidade
A que desperta a vizinhança
A que organiza a economia
Da sua casa, da sua família
Mulher bonita que se põe de pé
Pra quebrar as correntes da indiferença
Você não vai me humilhar
Você não vai gritar comigo
Você não vai me submeter
Você não vai me bater
Você não vai me difamar
Você não vai me obrigar
Você não vai me silenciar
Você não vai me calar
Não sou submissa nem obediente
Mulher forte, insurgente
Independente e corajosa
Quebrando as correntes da indiferença
Não sou passiva nem oprimida
Mulher bonita que dá vida
Emancipada em autonomia
Antipatriarcal e alegria
Para liberar
Para liberar
Para liberar, ah-ah
Solte, solte, solte
Solte, solte, solte
Solte, solte, solte